Top Menu

Category 4

Comments

Home - Recent Posts (show/hide)

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Blog Archive

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Author Details

Templatesyard is a blogger resources site is a provider of high quality blogger template with premium looking layout and robust design. The main mission of templatesyard is to provide the best quality blogger templates which are professionally designed and perfectlly seo optimized to deliver best result for your blog.

Breaking

Random Posts

Fashion

Music

News

Sports

Food

Technology

Featured

Videos

8 de outubro de 2016

Ser feminista é uma questão de porcentagem?

Karol Conka lançou a música 100% feminista com a MC Carol. 


E fiquei me indagando algumas questões  [não são certezas (in)certezas nem críticas ao trabalho delas. Nem tenho a pretensão de fazer uma análise sociológica da música]. São apenas alguns questionamentos que me vieram à mente enquanto ouvia a música.

1ª questão 

  Há como quantificar o quanto uma pessoa é feminista? E se isso fosse possível, ser 100% feminista seria o oposto de ser 100% machista? As desconstruções sociais procuram não são binárias, porém a canção apresenta alguns versos de um posicionamento binário: Eu que mando nessa porra diz a voz feminina (ou masculina da canção ). Estamos tão cansados de ouvir homens dizendo que são os donos do pedaço e, mesmo vindo de uma voz feminina na música, a afirmação é de homem mandão, homem machista. Assim como a glamourização da violência.

O nome do álbum de Karol Conka é Bandida. Para alguém que quer ser diferente não está sendo muito igual não? A pior coisa dos extremismos é ser igual. Bandido vem do italiano bandito, “banido, afastado do convívio dos outros”, de bandire, “proscrever, banir”. Será que seria nesse sentido etimológico que o adjetivo “bandida” é usado pela Karol? De pra ser ouvida o grito tem que ser potente? 

2ª questão 
Essa ideia de representação.

Questionamos tanto a massificação das invidualidades pela sociedade.A representação não seria aniquiladora das individualidades não? Quando uma pessoa passa a representar por mim, eu deixo de ter voz: pois, não existe apenas uma maneira de ser negro, nem de ser gay, nem de ser mulher.

Represento as mulheres, 100% feminista

3ª questão 
ou melhor um elogio: as mulheres citadas são exemplos de mulheres negras contraditórias como todo ser humano;
Aqualtune – princesa do reino de Congo escravizada no século XVII

Carolina – acho que é uma referência a escritora Carolina Maria de Jesus

Dandara – esposa de Zumbi dos Palmares

Xica da Silva – mulher negra que viveu no século XVIII noArraial do Tijuco, atual Diamantina.

Nina – seria Nina Simone? A maravilhosa Nina Simone

Elza – Elza Soares – a mulher do fim do mundo - Este álbum é incrivelmente maravilhoso.

Dona Celestina -alguém pode me falar um pouco sobre Dona Celestina



Frida –a maravilhosa pintora mexicana (exceção entre as mulheres negras citadas)

Engraçado ou não enquanto pensava sobre algumas dessas mulheres citadas por Karol Conka a referência que me vinha à mente sempre que me vinha a mente era o nome do o homem. Dandara, a esposa de Zumbi. Frida, a mulher de Diego Rivera. Elza, a ex-mulher de Garrincha. Xica da Silva, a amante de João Fernandes. Essa submissão ao nome do homem que parece tão inocente e natural. Isso sim, me preocupou! O quanto nesse meu modo de referenciar às mulheres fosse o homem. 
A cada um preocupa alguma coisa:
A uns a louça pra lavar.
A outros a louça deixada de lavar.
A uns o orgulho de ter o sobrenome do marido.
A outros a vergonha a não ter sobrenome nenhum.
O bonito do mundo é a multiplicidade no modo de ser. Isso é mais importante que usar um adjetivo que pode ser tão improdutivo quanto aquilo que criticamos. Ou não estaria confuso sobre o que é ser feminista ou não:

Tentam nos confundir, distorcem tudo o que eu sei.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ser feminista é uma questão de porcentagem?

Karol Conka lançou a música 100% feminista com a MC Carol. 


E fiquei me indagando algumas questões  [não são certezas (in)certezas nem críticas ao trabalho delas. Nem tenho a pretensão de fazer uma análise sociológica da música]. São apenas alguns questionamentos que me vieram à mente enquanto ouvia a música.

1ª questão 

  Há como quantificar o quanto uma pessoa é feminista? E se isso fosse possível, ser 100% feminista seria o oposto de ser 100% machista? As desconstruções sociais procuram não são binárias, porém a canção apresenta alguns versos de um posicionamento binário: Eu que mando nessa porra diz a voz feminina (ou masculina da canção ). Estamos tão cansados de ouvir homens dizendo que são os donos do pedaço e, mesmo vindo de uma voz feminina na música, a afirmação é de homem mandão, homem machista. Assim como a glamourização da violência.

O nome do álbum de Karol Conka é Bandida. Para alguém que quer ser diferente não está sendo muito igual não? A pior coisa dos extremismos é ser igual. Bandido vem do italiano bandito, “banido, afastado do convívio dos outros”, de bandire, “proscrever, banir”. Será que seria nesse sentido etimológico que o adjetivo “bandida” é usado pela Karol? De pra ser ouvida o grito tem que ser potente? 

2ª questão 
Essa ideia de representação.

Questionamos tanto a massificação das invidualidades pela sociedade.A representação não seria aniquiladora das individualidades não? Quando uma pessoa passa a representar por mim, eu deixo de ter voz: pois, não existe apenas uma maneira de ser negro, nem de ser gay, nem de ser mulher.

Represento as mulheres, 100% feminista

3ª questão 
ou melhor um elogio: as mulheres citadas são exemplos de mulheres negras contraditórias como todo ser humano;
Aqualtune – princesa do reino de Congo escravizada no século XVII

Carolina – acho que é uma referência a escritora Carolina Maria de Jesus

Dandara – esposa de Zumbi dos Palmares

Xica da Silva – mulher negra que viveu no século XVIII noArraial do Tijuco, atual Diamantina.

Nina – seria Nina Simone? A maravilhosa Nina Simone

Elza – Elza Soares – a mulher do fim do mundo - Este álbum é incrivelmente maravilhoso.

Dona Celestina -alguém pode me falar um pouco sobre Dona Celestina



Frida –a maravilhosa pintora mexicana (exceção entre as mulheres negras citadas)

Engraçado ou não enquanto pensava sobre algumas dessas mulheres citadas por Karol Conka a referência que me vinha à mente sempre que me vinha a mente era o nome do o homem. Dandara, a esposa de Zumbi. Frida, a mulher de Diego Rivera. Elza, a ex-mulher de Garrincha. Xica da Silva, a amante de João Fernandes. Essa submissão ao nome do homem que parece tão inocente e natural. Isso sim, me preocupou! O quanto nesse meu modo de referenciar às mulheres fosse o homem. 
A cada um preocupa alguma coisa:
A uns a louça pra lavar.
A outros a louça deixada de lavar.
A uns o orgulho de ter o sobrenome do marido.
A outros a vergonha a não ter sobrenome nenhum.
O bonito do mundo é a multiplicidade no modo de ser. Isso é mais importante que usar um adjetivo que pode ser tão improdutivo quanto aquilo que criticamos. Ou não estaria confuso sobre o que é ser feminista ou não:

Tentam nos confundir, distorcem tudo o que eu sei.



Postar um comentário

Designed by OddThemes | Distributed By Gooyaabi Templates